domingo, 10 de outubro de 2010

medo,é tenho medo!

Completamente ausente das minhas palavras, de tudo o que sinto, de tudo que quero dizer. Ausente de mim, e do meu redor. Do meu espaço, dos meus horários. E daqui a algum tempo, ausente da própria memória onde eu existia. Mas sem tentar dessa vez eu te deixo completamente inteiro, te deixo do jeito que você quer, te dou sossego. Para que você não tenha que medir esforços, para que não se canse. Eu quero que se cuide. Mas eu quero te encontrar também quando sufocar às vezes, e você sabe que está sendo constante. Não desapareça antes que eu esteja pronta. Ainda não é a hora de você desaparecer completamente sem deixar memórias em um passo.


Te vejo perdendo-se todos os dias entre essas coisas vivas onde não estou.Tenho medo de, dia após dia, cada vez mais não estar no que você vê. E tanto tempo terá passado, depois, que tudo se tornará cotidiano e a minha ausência não terá nenhuma importância. Serei apenas memória, alívio (...) e você esquecerá como se esquece um compromisso sem muita importância.

CFA

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